segunda-feira, 12 de novembro de 2012




BRASIL DOS SILENCIOSOS
 By Maria Pereira



Todos os dias, acordo sabendo que estou em uma cama que é minha, uma casa que é minha, um teto que me abriga, e que tem o café que a minha mãe fez na cozinha, me aguardando!
Somos simples, aqui, e, graças a Deus, não nos falta nada.
Então, refaço meus artigos, ou começo outros... é o meu trabalho.
Meu quarto é o meu escritório.
Então, penso que nada me falta, que tudo está ao meu alcance, mas, que mesmo assim, eu tenho as minhas batalhas, sou determinada, e esforçada em excesso.
Que, se eu não correr atrás, o teto pode ficar distante demais.
E agradeço... em silêncio!
Agradeço por ter forças para lutar por um ideal.
Por causas, que acho, também, justas e nobres.
Não gosto de dizer o que faço ou não pelo outro.
Mas me incomoda ficar em silêncio...
Pois lá fora, na chuva, ou no sol avassalador, alguém ficou sem comer ontem, sem cama, não tem teto e muito menos, tomou banho.
Veste-se maltrapilho e está descalço, ou com calçados que estão velhos demais, desgastados demais, enfim, foram a ele doados por outros que os.(usaram)
Difícil pensar em passar 24 horas sem dignidade, 365 dias e 6 horas/ano...ou uma vida inteira.
Sem um banho quente, uma roupa limpa, uma cama decente, um teto que abrigue das adversidades do tempo e da privacidade do ser.
Difícil pensar que podemos ser indiferentes ao outro que sofre ...
Pensar que, quando alguém te pede algo, é por que tudo o mais lhe foi negado,  deveria se tornar bandeira de luta.
Se pede, é por que há algo de humildade, de questão de sobrevivência, por não haver outra saída.
Sou inconformada com o sistema social, que exclui o indivíduo desde que ele nasce, enquanto cresce, e quando morre, enterrado como "indigente".
O Brasil é assim, a África é assim, e muitos outros países também.
Sei não ser fácil mudar de uma vez.
É questão de base: tem que começar do zero, dar emprego aos pais, que darão educação digna aos filhos, que terão seus empregos, suas famílias, assim, sucessivamente.
Minha indignação e inquietude quanto a este fator é evidente desde sempre.
Há como ser egoísta...mas não eu!
Eu não compactuo com uma situação limite assim.
Mas que sou? Uma dirigente de um país? Uma trabalhadora de ONG internacional e renomada? Não!!
Sou apenas uma pessoa física, sem fins lucrativos.
Posso mudar o universo que me cerca? Posso, posso e posso!
Por que é facultativo, e não é obrigatório dividir com quem não tem.
Deveria ser obrigatório.
Conheço várias pessoas que trocam seus finais de semana ou noites pela solidariedade a quem nada tem.
Não darei nomes...
Quem é solidário, não diz ser. Somente é e ponto final.
O solidário nas causas é um "solitário" na luta.
Mas que acha outro solitário na luta e forma um conjunto.
Tem gente que me diz que estamos melhor que antes, em economia.
Lá nas ruas, o PIB não existe, a pessoa não tem nome direito, há tempos mora nas ruas, não tem documentos, não tem "um lar".
Os filhos terão um destino igualmente sofrido e desumano.
É mais fácil passar de carro, ou a pé, e olhar com indiferença, por que não interessa.
Enquanto não interessa a ninguém, não interessa aos nossos dirigentes.
Quanto mais pobreza, maior a alienação e tanto maior a desigualdade.

Estatísticas de hoje, dia 08 de novembro de 2012.
"Algumas semanas atrás, o Brasil ultrapassou o Reino Unido e tornou-se a 6ª maior economia do mundo. Já no IDH 2012, ou Índice de Desenvolvimento Humano, o nosso país se encontra apenas em 84º lugar. confira os 7 com maior IDH do mundo.", , conforme
http://topworldlist.blogspot.com.br/2012/01/os-7-paises-com-maior-idh-do-mundo-2012.html


Enquanto houver espaço, eu direi o que penso.
Enquanto houver um modo, eu postarei onde quer que seja.
Quando não mais existir as possibilidades acima, eu invento uma.

Maria José Pereira dos Santos
Jornalista - MP Assessoria e Comunicação
https://www.facebook.com/pages/MP-comunica%C3%A7%C3%A3o-e-edi%C3%A7%C3%A3o-de-artigos/243971905732557?ref=hl
Belo Horizonte, 08 de novembro de 2012.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

          
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